O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, decidiram realizar reformas e substituir os móveis dos palácios presidenciais neste ano. O governo destinou R$ 114 mil para um novo tapete no Palácio do Planalto, R$ 65 mil para um sofá na residência oficial, Alvorada, e investiu R$ 156 mil em um piso mais confortável na Granja do Torto.
Um levantamento do Estadão revela que o gasto total em 2023 foi de R$ 26,8 milhões, o maior registrado em anos, abrangendo reformas e aquisição de mobiliário.
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência assegurou que as compras respeitam os padrões dos Palácios oficiais, integrando o patrimônio da União. O investimento em mobiliários faz parte de um projeto de modernização dos Palácios Presidenciais, visando proporcionar uma estética mais brasileira. Justificando as aquisições, a primeira-dama mencionou danos durante o governo anterior e afirmou que o Alvorada será reaberto para visitas em breve, embora, até agora, as visitas permaneçam suspensa.
Apesar de um decreto de setembro de 2021 proibir a aquisição de bens de luxo pelo governo, a Presidência argumenta que os itens adquiridos possuem características superiores justificadas pela atividade do órgão. Isso inclui a compra de tapetes inspirados em desenhos modernistas do arquiteto Burle Marx, com preços variando de R$ 736 a R$ 113.888,82.
Além disso, estão previstos gastos de R$ 156.154,77 para trocar os pisos da Granja do Torto, buscando padronizar o ambiente com materiais duráveis e de baixa manutenção. Outras despesas incluem R$ 130.695,36 em lençóis e roupas de cama e banho, justificado como renovação para as residências oficiais, e processos abertos para adquirir persianas motorizadas, cortinas, árvores de Natal e arranjos florais, totalizando R$ 541.210, em preparação para eventos e recepções.
