Segundo uma abrangente pesquisa da consultora Zuban Córdoba, 78,8% dos argentinos acreditam que o ajuste fiscal terá impacto negativo em suas vidas. Paradoxalmente, 71,3% expressam apoio ao primeiro decreto de emergência apresentado pelo governo, revelando um número notavelmente alto.
Isso mostra que a população entende que apesar das medidas serem duras, elas são necessárias para o desenvolvimento da economia a longo prazo, uma vez que o velho modelo vem se provando desastroso ao longo dos anos.
Quanto a isso: 25,4% esperam resultados positivos na economia em um a dois meses; 29,6% em dois a seis meses; e 28%, em seis meses a um ano.
Outras políticas governamentais desfrutam de um razoável apoio da opinião pública: a privatização da televisão pública e da rádio nacional conta com 47,1% a favor e 41% contra; a redução do número de ministérios obtém 55,3% de apoio e 21,3% de oposição; e a reforma do sistema trabalhista é respaldada por 40% e contestada por 35,9%.
Apesar de contar com o apoio da população, o maior desafio de Milei é enfrentar um congresso marjoritariamente de oposição, considerando ainda, que mesmo os de direita não estão acostumados a políticas libertárias.
A carta na manga de Javier é apelar para plebiscitos para passar suas reformas, o problema é que a palavra final continua estando nas mãos do congresso.