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Correios enfrentam o maior prejuízo da história sob Gestão Lula

Mesmo com medidas de austeridade, estatal projeta novo rombo bilionário e enfrenta críticas pela administração política.

Maior Prejuízo dos Correios Marca Gestão de Fabiano Silva no Governo Lula

A atual administração dos Correios, sob a presidência de Fabiano Silva dos Santos e no contexto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), registrou de janeiro a setembro o maior prejuízo da história da estatal para o período, acumulando R$ 2 bilhões. O valor se aproxima do recorde negativo de 2015, quando a estatal registrou um déficit de R$ 2,1 bilhões durante a gestão de Dilma Rousseff (PT).

Fabiano, advogado ligado ao grupo Prerrogativas – conhecido por seu alinhamento ao presidente Lula –, assumiu o comando da estatal em meio a polêmicas. O grupo, que mantém relações próximas com lideranças do Partido dos Trabalhadores, organiza eventos com a presença de figuras como o próprio presidente e a primeira-dama, Janja. Apesar do contexto festivo, a crise financeira da estatal exigiu um teto de gastos de R$ 21,96 bilhões para 2024, conforme documento divulgado internamente e colocado sob sigilo.

Medidas de austeridade foram anunciadas para conter o rombo: suspensão de contratações de terceirizados, renegociação de contratos com redução mínima de 10% nos valores e cortes de prorrogações não justificadas por economia. Apesar dessas ações, a receita esperada para 2024 foi revista para baixo, de R$ 22,7 bilhões para R$ 20,1 bilhões, deixando um déficit projetado de R$ 1,7 bilhão.

A estatal justificou a crise apontando dois fatores principais: uma suposta “herança contábil” da gestão anterior, entre 2019 e 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL), e o impacto da chamada “taxa das blusinhas”, política tributária defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que teria diminuído as importações e, consequentemente, as encomendas processadas pelos Correios.

Curiosamente, mesmo diante das dificuldades financeiras, a estatal abriu um concurso público para contratar 3.511 funcionários, com salários entre R$ 2.429,26 e R$ 6.872,48. Os Correios garantem que as provas não serão canceladas e que, até o momento, contratos existentes foram mantidos e não houve demissões.

O cenário gera questionamentos sobre o equilíbrio entre gestão administrativa e política, enquanto a estatal tenta evitar um novo recorde de prejuízo histórico. O Farol Diário seguirá acompanhando os desdobramentos.

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