As tensões entre Rússia e França cresceram após declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a guerra na Ucrânia. Macron afirmou que considera Moscou uma “grave ameaça” para a Europa e defendeu a possibilidade de enviar tropas europeias para o território ucraniano após um eventual acordo de paz. O Kremlin reagiu com dureza, classificando o discurso como “extremamente confrontacional” e uma ameaça direta à Rússia.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, comparou Macron a Napoleão e Hitler, acusando-o de querer prolongar o conflito na Ucrânia. Além disso, Moscou rejeitou a ideia de envio de tropas da OTAN para a região, afirmando que encararia isso como uma presença militar da aliança ocidental no território ucraniano, algo que não permitiria.
A posição francesa se soma a declarações recentes de outras lideranças europeias, como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, reforçando uma postura mais agressiva em relação à Rússia. Macron também destacou a necessidade de fortalecer a defesa da Europa, incluindo uma possível ampliação da proteção nuclear francesa para aliados do continente.
Enquanto isso, a Rússia continua expandindo seu poder militar. No ano passado, Putin ordenou o aumento do efetivo do Exército para 1,5 milhão de soldados, consolidando-o como o segundo maior do mundo, atrás apenas da China. O Kremlin, por sua vez, insiste que não tem intenção de atacar países da OTAN, classificando tais alegações como absurdas.
A guerra na Ucrânia segue como um ponto central da disputa entre Moscou e o Ocidente. Putin vê o conflito como parte de uma luta histórica contra a influência ocidental na região, enquanto a Europa e os Estados Unidos continuam apoiando Kiev. O cenário permanece imprevisível, com as potências ocidentais buscando maneiras de conter o avanço russo e Moscou reforçando sua posição estratégica no campo de batalha.