1180x152

Do coco ao combustível: biotecnologia transforma resíduo em energia limpa

Iniciativa liderada por pesquisadores sergipanos propõe solução inovadora para o lixo urbano e para a matriz energética brasileira

Coco verde vira energia limpa em projeto inovador desenvolvido em Aracaju (SE). Pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), em parceria com o Grupo Tiradentes, estão transformando toneladas de resíduos de coco descartadas semanalmente na capital sergipana em biocombustível, unindo inovação, sustentabilidade e economia circular.

O projeto é conduzido pelo Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (NUESC), que aplica tecnologias como pirólise e gaseificação para converter a fibra do coco verde em combustível renovável. A iniciativa visa solucionar um antigo problema urbano: o descarte inadequado de aproximadamente 190 toneladas de coco por semana, que representa alto custo e desafio ambiental.

“O coco verde, apesar de abundante, tem uma decomposição lenta e ocupa muito espaço nos aterros. Nossa proposta é transformar esse passivo em ativo energético”, explica o pesquisador Cláudio Dariva, coordenador do NUESC. A tecnologia envolve secagem, trituração e conversão térmica, com foco na eficiência e na redução da emissão de carbono.

Além de beneficiar o meio ambiente, o projeto estimula o desenvolvimento local e pode se tornar referência nacional. A transformação do coco em biocombustível abre portas para novos empregos, investimentos e fortalecimento do setor de energias renováveis no Brasil.

Com esse avanço, o país dá mais um passo na direção de uma matriz energética mais limpa, sustentável e independente de combustíveis fósseis. O modelo, que alia ciência e aproveitamento de resíduos agroindustriais, pode ser replicado em outras regiões, consolidando o Brasil como líder em soluções ambientais de base tecnológica.

O Farol Diário seguirá acompanhando as inovações que conectam ciência e sustentabilidade, especialmente quando surgem de iniciativas locais que propõem alternativas reais ao modelo tradicional de consumo e descarte.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *