Sete drones dos EUA abatidos no Iémen em meio a escalada militar
Os Estados Unidos perderam sete drones MQ-9 Reaper no Iémen em menos de seis semanas, numa fase em que Washington amplia sua ofensiva militar contra os rebeldes Houthi, apoiados pelo Irão. Três destes drones de alta altitude e elevado custo — cerca de 30 milhões de dólares cada — foram abatidos apenas na última semana, segundo informações obtidas por O Farol Diário.
As perdas ocorreram durante operações de ataque e vigilância lançadas em 15 de março, sob ordem do presidente Donald Trump. Fontes do setor de defesa, que preferiram não se identificar, afirmaram que os aparelhos foram abatidos tanto em terra como no mar, provavelmente por fogo hostil, embora investigações estejam em andamento.
Apesar dos reveses, o Comando Central dos EUA afirma ter atingido mais de 800 alvos Houthi, incluindo centros de comando e sistemas de defesa aérea. De acordo com o porta-voz Dave Eastburn, centenas de combatentes e diversos líderes do grupo rebelde foram mortos. Entretanto, as sucessivas perdas de drones expõem a crescente capacidade dos Houthis de enfrentar tecnologia militar norte-americana avançada.
O impacto da campanha, no entanto, não se limita ao campo de batalha. Senadores democratas levantaram sérias preocupações quanto ao número de civis mortos, após denúncias de que ataques a um terminal petrolífero podem ter causado mais de 70 mortes. Em carta enviada ao secretário de Defesa, Pete Hegseth, legisladores alertaram que as baixas civis minam a missão militar.
Mesmo sob crescente escrutínio, os Estados Unidos reforçam sua presença naval na região, com dois porta-aviões destacados no Mar Vermelho e no Golfo de Aden. A administração Trump, segundo fontes militares, avalia prolongar o destacamento do USS Harry S. Truman para garantir a segurança de uma das principais rotas comerciais do mundo — alvo de ataques Houthi como parte de sua campanha de pressão contra Israel.
