O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) protocolou, nesta segunda-feira (28), um pedido formal para que o órgão de controle investigue a situação administrativa, financeira e operacional dos Correios. A representação, assinada pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, aponta para um cenário de possível colapso da estatal, alertando para o risco de interrupção dos serviços essenciais à população.
A solicitação foi enviada ao presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo, com base em denúncias feitas pela Associação dos Profissionais dos Correios (ADCAP), que relatam uma crescente instabilidade dentro da empresa pública. O subprocurador destaca que a análise deve ser urgente, considerando a “relevância estratégica” da estatal e a gravidade das informações recebidas.
Entre os pontos exigidos pelo MP estão dados atualizados sobre salários, encargos trabalhistas e previdenciários, além da situação do plano de saúde dos funcionários. O subprocurador também questiona a manutenção de contratos de alto valor, especialmente com publicidade institucional e patrocínios, enquanto obrigações básicas com os trabalhadores estariam sendo negligenciadas.
A iniciativa reacende o debate sobre a eficiência da gestão pública em empresas estatais, frequentemente marcadas por interferência política e baixa transparência. Em meio à crise financeira, a permanência de contratos milionários desperta desconfiança sobre as prioridades da atual administração dos Correios.
Procurada por O Farol Diário, a estatal não se pronunciou até o fechamento desta edição. A ausência de resposta reforça a necessidade de uma fiscalização rigorosa por parte do TCU, para assegurar que os recursos públicos estejam sendo utilizados com responsabilidade e foco nos serviços essenciais.
