Brasileiros que vivem em Portugal agora podem usar o Pix para pagar compras em supermercados, e o anúncio viralizou nas redes sociais nesta sexta-feira (9). A rede de supermercados Continente passou a aceitar o meio de pagamento instantâneo brasileiro em seis lojas localizadas no norte do país, conforme divulgado pelo portal G1. A novidade, que está em vigor desde janeiro, é voltada principalmente para a comunidade brasileira residente em solo português.
A frase utilizada pela empresa — “Aqui, você já pode pagar com o seu PIX do Brasil” — chamou atenção dos consumidores e da internet, gerando uma enxurrada de comentários bem-humorados. Muitos internautas brincaram que o episódio simbolizava uma “recolonização” do país europeu, enquanto outros ironizaram que os brasileiros estariam “civilizando a galera para o mundo digital”.
Apesar da repercussão nas redes, Portugal já contava com seu próprio sistema de pagamentos instantâneos antes mesmo da criação do Pix no Brasil. O MB WAY, lançado em 2014, oferece transferências, geração de cartões virtuais e pagamentos online por meio de um aplicativo, sendo amplamente utilizado no país. A principal diferença é que o MB WAY depende de um app e está atrelado a cartões bancários, enquanto o Pix é uma solução pública, direta e gratuita, desenvolvida pelo Banco Central do Brasil.
O sucesso do Pix, tanto entre os brasileiros quanto agora em território português, levanta questões sobre a eficiência dos sistemas financeiros estatais versus os privados. Embora o MB WAY tenha chegado primeiro, sua dependência de aplicativos e cartões limita o alcance. Já o Pix, com sua simplicidade e integração direta com contas bancárias, tem conquistado espaço mesmo fora do Brasil.
A repercussão também mostra como a diáspora brasileira influencia os hábitos de consumo e os padrões tecnológicos de países europeus. No fim das contas, a expansão do Pix em Portugal vai além do simples ato de pagar compras: é mais um exemplo do protagonismo digital que o Brasil começa a exercer no cenário internacional.