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Suprema Corte reage a possível sanção dos EUA contra Moraes

Ministros do Supremo classificam medida como tentativa de intimidação e cobram resposta diplomática do governo Lula.

A possível sanção do governo dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acendeu um alerta vermelho no Judiciário brasileiro. A Corte vê a iniciativa como uma grave ingerência externa e alerta para o risco de uma crise institucional com Washington. A informação foi divulgada pelos jornais Folha de S.Paulo e O Globo, após declarações de integrantes do STF.

Os ministros consideram a sanção “inaceitável” e sinalizam que devem organizar manifestações públicas e institucionais em defesa de Moraes. A medida, articulada por membros do Partido Republicano no Congresso americano, é interpretada como um ataque direto à soberania do sistema judiciário nacional e ao princípio da separação entre os Poderes.

As críticas a Moraes, baseadas em supostas violações à liberdade de expressão, são rechaçadas pelos magistrados. Eles lembram que as redes sociais continuam funcionando no Brasil e que críticas ao ministro são publicadas diariamente, inclusive por figuras influentes da oposição. A acusação de censura, afirmam, é uma distorção retórica usada por setores que se opõem às ações contra desinformação e discurso de ódio.

Em tom crítico, ministros também destacaram que os próprios Estados Unidos têm histórico de desrespeito a decisões internacionais. Citaram episódios como a deportação de brasileiros algemados durante o governo Trump e a prisão de uma juíza americana por decisões em casos migratórios. “Eles se dão o direito de agir como quiserem no mundo, mas não aceitam quando outros países exercem sua própria jurisdição”, afirmou um dos ministros, sob anonimato.

Nos bastidores, o STF enxerga a medida como parte de uma ofensiva da extrema direita internacional contra cortes supremas. A tentativa de punir Moraes é vista como estratégia para intimidar decisões que confrontam redes de desinformação e ataques institucionais. Essa visão tem eco em experiências similares em países como Hungria e Polônia, onde os tribunais vêm sendo alvo de pressão política.

Diante do cenário, ministros esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reaja com firmeza e formule uma resposta diplomática clara, caso a sanção se concretize. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, já afirmou que o caso “está em análise” e que há “grande possibilidade de que aconteça”. Em meio à crescente tensão, O Farol Diário seguirá acompanhando os desdobramentos dessa crise que envolve soberania nacional e autonomia do Judiciário.

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