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Uso político de verba publicitária gera críticas ao governo Lula

Planejamento de R$ 3,5 bilhões em publicidade institucional para 2025 reacende debate sobre ética e independência da imprensa

O planejamento do governo Lula de destinar até R$ 3,5 bilhões à publicidade institucional em 2025 está sob fogo cruzado. O jornalista Boris Casoy classificou o montante como uma “vergonha com o dinheiro dos impostos” e acusou o governo de buscar, com esse investimento, não apenas informar, mas promover politicamente o presidente e influenciar a cobertura da mídia.

“A real intenção não é só informar o cidadão, mas espalhar propaganda com viés político em jornais, rádios, televisões e internet”, afirmou Casoy. Para ele, em um momento de queda de popularidade e crise no setor jornalístico, a estratégia seria utilizar a verba para conquistar um tratamento mais favorável na imprensa.

Os valores bilionários incluem contratos robustos com estatais e órgãos públicos: Banco do Brasil (R$ 750 milhões), Caixa Econômica Federal (R$ 468 milhões), Correios (R$ 380 milhões) e a Secretaria de Comunicação Social (Secom), com R$ 562 milhões. Dados publicados por veículos como Folha de S.Paulo e O Globo reforçam as suspeitas de uso político desses recursos.

Casoy destacou ainda que esse tipo de gasto gera pressões indiretas sobre os veículos de comunicação. “Uma emissora de rádio ou televisão menos independente acaba se rendendo, seduzida pela publicidade do governo federal. E o governo, de alguma maneira, espera que o noticiário lhe seja favorável.”

A proposta orçamentária provocou reações de parlamentares da oposição e de entidades de controle social, que exigem maior transparência nos contratos e revisão das prioridades fiscais. Em tempos de contenção orçamentária e demandas sociais urgentes, o direcionamento de bilhões para publicidade institucional levanta questões éticas e reforça o debate sobre a responsabilidade fiscal e a autonomia da imprensa.

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