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Maquiagem com dinheiro público: Erika Hilton contrata maquiadores como secretários parlamentares

Parlamentar do PSOL emprega dois maquiadores com salários pagos por verba da Câmara; cargos são comissionados e dispensam concurso público.

Erika Hilton usa cargos comissionados para bancar profissionais de maquiagem em seu gabinete

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) mantém dois maquiadores contratados como secretários parlamentares em seu gabinete na Câmara dos Deputados. Os profissionais Índy Montiel e Ronaldo Hass aparecem nos registros oficiais da Casa como ocupantes de cargos comissionados, recebendo salários com verba pública. A informação foi confirmada por documentos da Câmara analisados por O Farol Diário.

Ronaldo Hass foi incluído na folha de pagamento em maio de 2024, com salário bruto de R$ 9.678,22. Já Índy Montiel está vinculado ao gabinete desde dezembro de 2023, tendo recebido R$ 2.126,59 em maio deste ano. Ambos já haviam sido vistos maquiando a deputada em eventos como o carnaval e cerimônias políticas, como sua posse na liderança da bancada do PSOL.

Cada deputado pode contratar até 25 secretários parlamentares com verba mensal de R$ 133 mil, e os cargos, por serem de confiança, dispensam concurso público. Segundo o regimento da Câmara, os secretários devem prestar apoio legislativo e administrativo, mas a definição exata das funções é bastante flexível — o que tem gerado críticas sobre possíveis abusos ou desvios de finalidade.

Apesar de não haver ilegalidade aparente na contratação, o uso da verba para manter maquiadores entre os secretários parlamentares levanta questionamentos sobre a prioridade no uso de recursos públicos, especialmente em um cenário de crescentes demandas sociais e contenção de gastos.

A presença de profissionais da beleza em cargos comissionados adiciona mais um capítulo à discussão sobre os limites da autonomia parlamentar e o papel fiscalizador da sociedade diante do uso de recursos que, em última instância, saem do bolso do contribuinte.

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