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Mauro Cid desmente base da prisão de Filipe Martins em depoimento ao STF

Subtítulo: Filipe Martins ficou preso por seis meses sob acusação de tentativa de fuga aos EUA; novo depoimento contradiz versão da Polícia Federal

Em depoimento prestado nesta segunda-feira (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid negou que Filipe Martins, ex-assessor especial de Jair Bolsonaro, estivesse a bordo do voo presidencial que levou o então presidente aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022. A suposta viagem foi o principal argumento utilizado para justificar a prisão preventiva de Martins, que permaneceu detido por seis meses.

A defesa do ex-assessor sempre sustentou que ele não deixou o país na ocasião, contrariando a tese de que haveria risco iminente de fuga. Com a declaração de Cid, que tem colaborado com a Justiça como delator, a narrativa da Polícia Federal perde força, o que pode abrir espaço para questionamentos jurídicos mais amplos sobre a legalidade da detenção.

Ao ser confrontada sobre o motivo de não ter informado anteriormente esse detalhe crucial aos investigadores, a defesa de Mauro Cid respondeu que ele não mencionou a ausência de Martins no voo porque “não me foi perguntado”. A justificativa levanta dúvidas sobre os critérios e diligências adotados pelas autoridades no processo de apuração.

O caso lança uma nova luz sobre a condução de investigações envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A rápida decretação de prisões preventivas com base em indícios frágeis, como uma viagem não confirmada, reforça críticas quanto à seletividade e ao viés ideológico de setores do sistema judicial.

O Farol Diário acompanhará de perto os próximos desdobramentos desse episódio, que reacende discussões sobre garantias individuais, presunção de inocência e o uso de delações como fundamento exclusivo para medidas de restrição de liberdade.

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