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EUA abrem investigação comercial contra o Brasil sob comando de Trump

Investigação do USTR sobre barreiras regulatórias e políticas protecionistas brasileiras marca novo ponto de atrito entre os dois países em ano eleitoral nos EUA.

Washington – O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (15) a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. A medida foi determinada pelo presidente Donald Trump e será conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), sob a justificativa de práticas desleais do governo Lula contra empresas americanas, em especial do setor de tecnologia.

Segundo o embaixador Jamieson Greer, atual Representante Comercial dos EUA, a ação responde a políticas brasileiras que afetam plataformas de redes sociais e criam obstáculos regulatórios para empresas americanas. “Estamos reagindo a ataques sistemáticos contra companhias dos EUA, que prejudicam nosso comércio e inovação”, afirmou Greer, sinalizando um endurecimento nas relações bilaterais.

A ofensiva diplomática ocorre poucos dias após o governo Trump impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, ampliando a tensão entre os países. A Seção 301 permite aos EUA adotar medidas unilaterais, como sanções ou novas tarifas, caso sejam identificadas distorções comerciais injustificáveis. A resposta americana é vista como uma retaliação direta a políticas econômicas intervencionistas adotadas por Brasília.

Até o momento, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente sobre a investigação. O silêncio contrasta com a gravidade do movimento norte-americano, que ameaça prejudicar exportações e investimentos em setores estratégicos, além de enfraquecer ainda mais a já fragilizada relação diplomática entre os dois países.

A atuação do USTR, que responde diretamente à Casa Branca, é interpretada por analistas como um recado político em pleno ano eleitoral nos EUA. Em um contexto global de reposicionamento geopolítico, a crescente fricção com o governo petista também reforça o discurso protecionista e de soberania econômica defendido por Trump. O Farol Diário seguirá atento aos desdobramentos desta crise comercial com potenciais reflexos internacionais.

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