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Mortes misteriosas em São Francisco (MG) acendem alerta sanitário

Duas vítimas morreram com sintomas respiratórios graves; exames apontam presença de quatro vírus, incluindo H1N1, mas investigação continua sem conclusão

A cidade de São Francisco, no norte de Minas Gerais, vive um clima de apreensão após a morte súbita de duas pessoas com sintomas respiratórios graves. A Secretaria de Saúde do estado divulgou nesta sexta-feira (18) que exames laboratoriais identificaram quatro tipos de vírus nas amostras dos pacientes, entre eles o Influenza H1N1, mas ainda não há definição sobre a causa exata dos óbitos.

De acordo com o laudo preliminar, também foram detectados o rinovírus, o parainfluenza tipo 4 e o vírus sincicial respiratório (VSR). A presença simultânea dessas infecções abre diversas hipóteses para os especialistas, mas, segundo o governo estadual, ainda não é possível afirmar qual ou quais vírus foram determinantes para os desfechos fatais.

O diretor clínico do Hospital Municipal de São Francisco, Ítalo Carvalho, afirmou que uma das vítimas testou positivo para H1N1 e teria infectado a segunda. Nenhuma delas estava vacinada contra a gripe. Carvalho reforçou a importância da imunização, especialmente para grupos de risco, como forma de prevenir casos graves e evitar novas ocorrências semelhantes.

Enquanto o Ministério da Saúde e o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) mantêm a investigação, a prefeitura local intensificou as medidas preventivas. O monitoramento de contatos, a coleta de novas amostras e a busca ativa por possíveis infectados continuam em andamento, sem, até o momento, caracterizar um surto.

Desde o dia 11 de julho, a prefeitura implementou protocolos sanitários em eventos públicos. Entre as recomendações estão o uso de máscaras por pessoas com sintomas ou imunossuprimidas, a orientação para evitar aglomerações em caso de febre, tosse ou dor de garganta, e a busca precoce por atendimento médico.

O caso, acompanhado por O Farol Diário, evidencia a fragilidade de comunidades do interior diante de doenças respiratórias potencialmente graves e reabre o debate sobre os limites das políticas públicas de prevenção — especialmente quando a adesão à vacinação ainda encontra resistência.

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