Após 40 dias de censura, o X, antigo Twitter, voltou a funcionar no Brasil, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O acesso à rede social havia sido bloqueado por decisão judicial desde o final de agosto, devido ao não cumprimento de determinações legais e embates entre Elon Musk, proprietário da plataforma, e o STF. A situação foi resolvida depois que a empresa efetuou o pagamento de uma multa de R$ 28,6 milhões, corrigindo um erro anterior no depósito.
Apesar da autorização, o retorno da rede social não será imediato para todos os usuários. Segundo o Ministério das Comunicações, questões técnicas envolvendo operadoras de telecomunicações e mais de 20 mil provedores de internet podem fazer com que o acesso seja restabelecido de forma gradual. Além disso, configurações de navegadores e aplicativos também influenciam o tempo de liberação.
Fontes próximas à empresa alegam que a demora na liberação, postergada para após o primeiro turno das eleições municipais, foi uma “manobra” para evitar influência no processo eleitoral. A decisão de suspender o serviço foi confirmada por unanimidade pelos ministros da Primeira Turma do STF.
A suspensão do X foi decidida após a plataforma reiteradamente descumprir ordens judiciais para remover perfis acusados de espalhar desinformação e ataques a instituições. O ponto de ruptura foi o anúncio, em agosto, de que a rede social não teria mais um representante legal no Brasil, contrariando o Código Civil e o Marco Civil da Internet.
