A Venezuela realizará no próximo mês um referendo consultivo para obter um mandato popular para anexar a Guiana Esequiba, um território disputado com a Guiana desde 1899, informou a agência EFE.
A medida da ditadura de Nicolás Maduro vem gerando tensões diplomáticas, com declarações diárias de Georgetown e de outros organismos internacionais rejeitando o referendo, que não é vinculativo e não implica, por si só, qualquer mudança real no terreno.
O chavismo defende veementemente que as terras ricas em hidrocarbonetos a oeste do rio Essequibo, que constituem cerca de 75% do território da Guiana, “pertencem” à Venezuela.
Caso as investidas de Maduro avancem, as tensões podem culminar na primeira guerra na América do Sul desde o século passado.
A disputa da era colonial atingiu níveis sem precedentes depois que o Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) se declarou competente para resolvê-la e a Guiana autorizou a exploração de petróleo na área.
Os mapas da Venezuela já mostram a Guiana como um “território disputado”. Na contramão disso, a Guiana Esequiba reafirma sua independência e deve resistir a Maduro.