O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na segunda-feira uma “pausa” na assistência militar à Ucrânia, buscando pressionar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a se comprometer com negociações de paz com a Rússia. A decisão ocorre após uma reunião tensa na Casa Branca, na última sexta-feira, em que Trump e seu vice, JD Vance, cobraram mais gratidão pelo apoio americano ao país em guerra.
Um funcionário da Casa Branca, sob anonimato, afirmou que o governo está revisando a ajuda à Ucrânia para garantir que contribua para uma solução pacífica. Trump, por sua vez, criticou Zelensky publicamente, chamando de “inaceitável” sua declaração de que o fim do conflito ainda estaria distante. Segundo aliados do presidente dos EUA, Zelensky precisa reformular sua abordagem ou até considerar se afastar do cargo.
O desentendimento entre os líderes se aprofundou após declarações de Zelensky em Londres, onde reiterou que um acordo de paz ainda demandaria tempo. Trump reagiu duramente, afirmando que se alguém não deseja um acordo, “essa pessoa não vai durar muito” e que os EUA não tolerariam tal postura indefinidamente.
Zelensky, por sua vez, recorreu às redes sociais para reafirmar a necessidade de uma “paz verdadeira”, destacando que a Ucrânia é quem mais deseja o fim do conflito, devido à destruição em seu território. Apesar da pressão americana, o líder ucraniano evitou um confronto direto com Trump, mantendo uma posição diplomática sobre as negociações em andamento.
A pausa na assistência americana representa um momento crítico para a guerra na Ucrânia. Com Trump colocando a paz como prioridade absoluta, o futuro da relação entre os EUA e a Ucrânia pode depender da disposição de Zelensky em ceder às exigências do governo americano. O impasse também pode redesenhar a dinâmica global do conflito, reforçando a influência de Trump sobre a condução da guerra no leste europeu.