A partir de 10 de abril de 2025, turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália precisarão apresentar visto para entrar no Brasil. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não renovar a isenção concedida em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que buscava impulsionar o turismo estrangeiro no país.
O Palácio do Planalto justificou a decisão com base no princípio da reciprocidade, já que esses países continuam exigindo visto de brasileiros para entrada em seus territórios. A mudança, no entanto, contrasta com a posição adotada pelo Japão, que mantém a entrada livre de brasileiros por até 90 dias, sem necessidade de visto.
Empresários do setor turístico demonstram preocupação com a medida, alertando que a exigência pode reduzir o fluxo de visitantes estrangeiros, especialmente dos EUA e Canadá, que figuram entre os principais mercados emissores de turistas ao Brasil. Para minimizar os impactos, o governo implementou um sistema digital que promete conceder vistos em menos de 24 horas.
A exigência já estava prevista para outubro de 2023, mas foi adiada após pressões do setor e dificuldades na implementação do novo sistema de vistos eletrônicos. Agora, o Ministério do Turismo e o Itamaraty trabalham para garantir que a mudança não prejudique a competitividade do Brasil como destino turístico.
Mesmo com a promessa de um processo ágil para a retirada do visto, especialistas alertam que a decisão pode colocar o Brasil em desvantagem frente a países concorrentes no turismo, como México e Colômbia, que continuam permitindo a entrada de turistas dos EUA e Canadá sem necessidade de visto.
