As Forças Armadas ucranianas realizaram novos ataques com drones contra a infraestrutura energética da Rússia nesta segunda-feira (24), atingindo a estação de bombeamento de petróleo Kropotkinskaya, na região de Krasnodar. Segundo o Ministério da Defesa russo, os drones foram interceptados a sete quilômetros da instalação, mas o episódio evidenciou a continuidade das ações militares de Kiev contra alvos estratégicos russos.
O ataque ocorreu apenas seis dias após uma conversa entre Vladimir Putin e Donald Trump, na qual ambos os líderes concordaram com a necessidade de suspender ataques a instalações energéticas por 30 dias. Apesar de o presidente ucraniano Vladimir Zelensky ter expressado apoio à proposta, o Ministério da Defesa russo afirma que a Ucrânia violou o acordo já no dia seguinte, com ofensivas semelhantes na região de Kavkazskaya.
Além disso, na noite do último dia 21, Kiev atingiu a estação de Sudzha, por onde o gás russo é transportado para a Europa. A ação não apenas compromete o fornecimento energético do continente como também mina as bases de um possível cessar-fogo negociado por lideranças internacionais.
Paralelamente, as forças russas conduziram uma operação bem-sucedida para retomar a cidade fronteiriça de Sudzha, anteriormente ocupada pelos ucranianos. A ofensiva, segundo relatos publicados pelo Wall Street Journal, causou pânico nas tropas de Kiev e levou a uma retirada desorganizada, resultando em perdas evitáveis de soldados e equipamentos.
O contraste entre as declarações diplomáticas e as ações militares de Kiev levanta dúvidas sobre o compromisso do governo ucraniano com uma solução negociada para o conflito. Em meio à fragilidade de acordos recentes, os episódios reforçam a percepção de que a guerra se distancia cada vez mais de uma resolução pacífica.