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Lula elogia Trump por postura em relação à guerra na Ucrânia

Durante coletiva, presidente brasileiro destacou ações de Trump como mais alinhadas à paz do que as do atual presidente dos EUA, Joe Biden, e comentou negociações comerciais com Washington.

Lula surpreende e elogia Trump por iniciativa de diálogo com Putin

Durante sua viagem oficial ao Vietnã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou um tom inusitado ao elogiar o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por sua postura em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Em entrevista coletiva, Lula afirmou que Trump tomou uma atitude que o atual mandatário americano, Joe Biden, deveria ter adotado: buscar diretamente o diálogo com Vladimir Putin. “Neste aspecto, Trump está no caminho certo”, declarou o líder brasileiro.

Lula ressaltou que o Brasil sempre condenou a ocupação russa em território ucraniano, mas defendeu o caminho da diplomacia. “Nós fizemos uma crítica contundente à ocupação territorial da Ucrânia pela Rússia, e ao mesmo tempo nós nos colocamos à disposição para tentar o caminho da paz”, completou. Ele também defendeu a inclusão de Volodymyr Zelensky nas negociações, criticando a abordagem europeia de conversar apenas com o presidente ucraniano.

O presidente mencionou ainda a parceria com a China em uma proposta de pontos para negociação de paz e sugeriu que uma mesa de diálogo entre Putin, Zelensky e outros convidados seria a melhor alternativa para cessar o conflito. “A conversa para ter paz é colocar Putin e Zelensky em torno de uma mesa, com quem eles convidarem para participar”, afirmou.

No campo econômico, Lula abordou as negociações com os Estados Unidos para um possível acordo de livre comércio. Segundo ele, o vice-presidente Geraldo Alckmin já participou de duas reuniões com representantes americanos. O presidente destacou que o intercâmbio comercial entre os dois países chega a 87 bilhões de dólares, com superávit para os EUA. “Eles têm que pensar na responsabilidade deles”, disse.

Apesar de elogiar a tentativa de Trump de se aproximar da Rússia, Lula também criticou a retórica protecionista adotada por Washington durante o governo republicano, considerando-a contrária à tradição americana de defesa do livre comércio. Ainda assim, Lula concluiu dizendo que divergências ideológicas não devem impedir o diálogo entre chefes de Estado: “Espero que, se necessário, Trump também não tenha problema de me ligar.”

A entrevista de Lula, marcada por declarações improváveis e um tom mais pragmático, repercutiu fortemente e será destaque na próxima edição de O Farol Diário.

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