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Festa da Prefeitura com Gogo Boy Vira Caso de Polícia em Coelho Neto

Investigação apura possível presença de menores em festa promovida pela Secretaria da Mulher, que incluiu apresentação de gogo boy e simulação de ato sexual.

Um evento organizado pela Prefeitura de Coelho Neto (MA) em celebração ao mês da mulher se transformou em escândalo policial após a divulgação de imagens que mostram a apresentação de um gogo boy, incluindo simulação de ato sexual diante do público. A festa aconteceu no último sábado (29), com o slogan “Alegria, empoderamento e entretenimento”, e foi promovida pela Secretaria Municipal da Mulher.

Vídeos do momento circularam nas redes sociais e provocaram indignação entre moradores, principalmente pelo caráter público da festividade. Em um dos registros mais compartilhados, o dançarino, vestido inicialmente como bombeiro, apalpa uma mulher sentada e depois circula seminu entre o público, enquanto participantes colocam dinheiro em sua cueca. Em outro trecho, há simulação de uma cena de sexo com uma das convidadas.

O evento, chamado “Gincana da Mulher”, foi anunciado como parte da programação anual da pasta comandada por Flaynie Rego, que destacou a participação de cerca de 500 mulheres. Em nota oficial, a prefeitura exaltou o “espírito de equipe” promovido pela atividade, mas não mencionou a presença do gogo boy nem o teor das apresentações.

Diante da repercussão, a Polícia Civil do Maranhão iniciou investigação para apurar se havia menores de idade entre os presentes. “As imagens do evento estão sendo analisadas”, informou a corporação, que já começou a ouvir testemunhas. Caso se comprove a presença de adolescentes, os responsáveis poderão ser enquadrados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A reportagem de O Farol Diário entrou em contato com a prefeitura, administrada por Bruno Silva (PP), mas até o momento não obteve resposta oficial. A Secretaria da Mulher também foi notificada pela polícia, que continua apurando os detalhes do caso. O episódio levanta questionamentos sobre os limites do entretenimento promovido com recursos públicos e o papel das gestões municipais na preservação de valores e normas legais.

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