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Enviado de Trump vem ao Brasil discutir sanções contra Alexandre de Moraes

David Gamble, coordenador de sanções do Departamento de Estado dos EUA, discutirá medidas contra Moraes e aliados a convite da família Bolsonaro.

Brasília se prepara para uma visita diplomática incomum na próxima segunda-feira (5/5): David Gamble, integrante do Departamento de Estado dos EUA e responsável pela área de sanções internacionais no governo Trump, desembarca no país com um foco polêmico — discutir punições ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A viagem foi articulada por Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente licenciado da Câmara, e contará com reuniões estratégicas com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A pauta da visita, segundo apurado por O Farol Diário, gira em torno das medidas autoritárias atribuídas a Moraes, como o bloqueio de perfis em redes sociais e investigações contra opositores conservadores. Essas ações vêm sendo encaradas por aliados de Donald Trump como práticas de censura e perseguição política. Gamble lidera o Office of Sanctions Coordination, órgão norte-americano encarregado de implementar sanções contra alvos considerados violadores de princípios democráticos.

A Casa Branca, embora atualmente sob administração democrata, vem sendo pressionada por alas republicanas e membros do governo Trump a agir contra autoridades brasileiras. Além de Moraes, podem ser incluídos na lista de sanções seus assessores e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. As penalidades estudadas incluem restrições de entrada nos EUA e bloqueio de ativos financeiros vinculados ao sistema norte-americano.

Apesar da crescente tensão diplomática, o governo Lula, até o momento, permanece fora do escopo direto dessas sanções. A movimentação, no entanto, pode agravar o clima entre Brasília e Washington, especialmente se a pressão republicana encontrar eco nas instâncias formais do Departamento de Estado.

A articulação da visita por figuras da família Bolsonaro indica a tentativa de internacionalizar a crítica ao STF e obter respaldo externo para a agenda conservadora brasileira. O Farol Diário seguirá acompanhando o desenrolar desta visita com atenção especial aos desdobramentos que podem afetar a política interna e as relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos.

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