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Brasil no centro do mundo? Nova cartografia do IBGE

Instituto comandado por Márcio Pochmann divulga mapa-múndi invertido e provoca reações negativas de internautas e especialistas.

O Farol Diário — Uma iniciativa simbólica do presidente do IBGE, Márcio Pochmann, causou alvoroço nas redes sociais nesta quinta-feira (7). O órgão federal lançou um novo mapa-múndi com o Brasil no centro e a disposição geográfica invertida — com o Sul apontando para cima — sob o argumento de destacar a crescente relevância do país em fóruns internacionais.

Apesar da justificativa oficial, a reação do público foi imediata e majoritariamente negativa. Nas redes sociais, internautas não pouparam críticas, chamando a proposta de “surreal” e “um retrato do desperdício de recursos públicos”. Um dos comentários mais compartilhados afirmou: “O governo brasileiro é tão incompetente que vê o mundo de cabeça para baixo.”

O novo mapa gerou, inclusive, questionamentos sobre a seriedade do IBGE. Um usuário escreveu: “Acho que esse tipo de coisa tira um pouco a credibilidade dos números que você fornece pelo IBGE.” Críticas semelhantes foram feitas por comentaristas políticos e acadêmicos, que viram no gesto uma tentativa de politizar um órgão técnico e estatístico.

A mudança gráfica pode parecer inofensiva, mas a repercussão revela um desgaste de imagem do governo entre parte da opinião pública. A escolha de inverter o mundo para colocar o Brasil em evidência soou, para muitos, mais como uma metáfora involuntária de distorção de prioridades do que como um símbolo de protagonismo internacional.

A gestão de Pochmann no IBGE já vinha sendo observada com cautela por setores técnicos e liberais, que alertam para os riscos da instrumentalização ideológica de instituições estratégicas. O novo mapa pode ter intensificado essa desconfiança. A dúvida que permanece é: o Brasil precisa estar no centro do mapa ou no centro das boas políticas públicas?

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