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Governo Lula gasta R$ 63 milhões em viagens internacionais de autoridades e Janja

Viagens para destinos como Paris, Genebra e Washington incluem ministros, secretários e a primeira-dama; bilhetes chegaram a custar mais de R$ 200 mil.

Viagens de luxo em meio à crise fiscal
Apesar de reiteradas promessas de austeridade e cortes orçamentários, o governo Lula gastou R$ 63 milhões com viagens internacionais de ministros, secretários e até da primeira-dama, Janja da Silva. As informações são de uma apuração da Gazeta do Povo, que identificou passagens aéreas ultrapassando R$ 200 mil, muitas delas em classe executiva. A maior despesa individual registrada foi de R$ 246 mil para o secretário de Petróleo e Gás Natural, Pietro Mendes, em visita ao Oriente Médio.

A lista de destinos preferenciais revela um roteiro de alto padrão: Paris, Genebra, Washington, Roma e Nova York lideram o ranking de gastos. Só em Paris, o governo desembolsou R$ 3,9 milhões. A justificativa oficial para os custos elevados inclui conexões múltiplas, agenda de última hora e o uso autorizado da classe executiva conforme o Decreto nº 71.733/1973 — argumento questionado por críticos diante do cenário fiscal adverso.

A primeira-dama Janja participou de ao menos duas viagens custeadas com recursos públicos: uma para Paris, em março, ao custo de R$ 60 mil em passagens, e outra para Roma, acompanhando o ministro do Desenvolvimento Social, com R$ 34 mil em bilhetes. Mesmo sem cargo oficial, Janja tem sido presença constante em agendas internacionais — um fator que motivou a abertura de ação judicial.

A 9ª Vara Federal Cível do DF deu prazo de 20 dias para que o Planalto esclareça os gastos com as viagens de Janja. O processo foi movido pelo vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) e pelo advogado Jeffrey Chiquini, que pedem a interrupção imediata de despesas públicas com os deslocamentos da primeira-dama.

Entre os integrantes do governo, outras viagens chamam atenção: Alexandre Oliveira, ministro de Minas e Energia, acumulou R$ 248 mil em viagens à China e ao Oriente Médio; Ana Estela Haddad, esposa do ministro Fernando Haddad, liderou missão sobre saúde digital em Hong Kong, com custo de R$ 107 mil. Mesmo eventos como feiras de turismo ou sabatinas no Senado foram responsáveis por cifras de seis dígitos.

O Farol Diário seguirá acompanhando os desdobramentos judiciais e os esclarecimentos do governo sobre os critérios de escolha, necessidade e transparência dos gastos internacionais de suas autoridades e acompanhantes.

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