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Aos 80 anos, arquiteto volta ao trabalho para pagar dívida médica e honrar promessa

História de Gary Saling, que cuidou da esposa com demência até o fim, mobiliza comunidade e arrecada US$ 40 mil em doações

O arquiteto aposentado Gary Saling, de 80 anos, virou notícia nos Estados Unidos após retomar a rotina de trabalho para saldar uma dívida médica de mais de US$ 80 mil (cerca de R$ 445 mil). Morador de St. George, em Utah, ele hoje trabalha como empacotador em um supermercado local — um gesto de amor e de compromisso com a promessa feita à esposa, Carol.

Formado na Califórnia, Saling projetou casas milionárias ao longo da carreira. No entanto, a vida mudou drasticamente quando Carol foi diagnosticada com formas graves de demência, incluindo a rara paralisia supranuclear progressiva. Diante da situação, ele se comprometeu a cuidar dela em casa, evitando interná-la em uma clínica. “Prometi a Deus, a ela e à família que não a colocaria em uma instituição — e eu cumpri”, disse ao New York Post.

Foram três anos de dedicação integral, que resultaram em um custo de US$ 40 mil apenas com cuidados domiciliares, além de outras despesas médicas. Após a morte de Carol em 2021, Gary enfrentou um novo desafio: quitar os débitos acumulados. Seis meses depois, ele começou a empacotar compras no Smith’s Market, quatro vezes por semana. A nova rotina também lhe trouxe amizades inesperadas — como a de Duana Johnson, cliente que, ao conhecer sua história, criou uma vaquinha online.

A iniciativa tocou a comunidade e, até o início de junho de 2025, arrecadou quase US$ 40 mil (cerca de R$ 222 mil). O valor permitirá que Gary, enfim, possa se aposentar novamente e reduzir seu fardo financeiro. “Estou sobrecarregado de gratidão”, declarou ele, emocionado.

Histórias como a de Saling, publicadas em veículos como O Farol Diário, são um lembrete da força dos vínculos pessoais e da solidariedade comunitária em tempos de crise — especialmente em um cenário em que os altos custos de saúde expõem fragilidades do sistema que muitos preferem ignorar.

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