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Festival “Fête de la Musique” termina em terror com ataques a adolescentes

Ao menos 145 feridos em múltiplas cidades após série de ataques com substâncias desconhecidas; maioria das vítimas são meninas adolescentes

O tradicional festival francês “Fête de la Musique”, realizado neste sábado (21), terminou em caos e medo após uma série de ataques com seringas em diversas cidades do país. Segundo o jornal Le Monde, pelo menos 145 pessoas foram feridas — em sua maioria meninas adolescentes — por substâncias ainda não identificadas. Os ataques ocorreram em meio à celebração do Dia Mundial da Música, evento gratuito que atrai milhões de pessoas às ruas da França todos os anos.

Os relatos são alarmantes: suspeitos encapuzados abordavam jovens de forma aleatória, aplicando injeções rápidas em meio à multidão. As vítimas, em estado de choque, relataram sensação de mal-estar e foram encaminhadas a hospitais para exames toxicológicos. Em Metz, no nordeste do país, o primeiro ataque foi registrado às 21h15 e resultou na prisão de um suspeito após análise de câmeras de segurança.

A polícia francesa confirmou a detenção de 12 pessoas — incluindo adolescentes — com ligações diretas a pelo menos 50 vítimas. Em Paris, ao menos 13 ocorrências semelhantes estão sob investigação. O prefeito de Metz, François Grosdidier, afirmou que a análise do celular de um dos detidos pode ajudar a identificar outros envolvidos. “Esperamos esclarecer rapidamente a rede por trás desses atos covardes”, declarou.

Apesar dos alertas que circularam em redes sociais como o Snapchat antes do evento, o festival atraiu multidões. Somente em Metz, cerca de 50 mil pessoas participaram das celebrações. A ausência de controle mais rígido, mesmo diante de rumores, levanta questões sobre a responsabilidade das autoridades locais em garantir a segurança pública — especialmente em eventos voltados a jovens.

A França, que já enfrenta desafios graves ligados à segurança urbana e à imigração ilegal, agora soma mais uma preocupação à sua lista. Enquanto o governo francês investiga as substâncias e as possíveis motivações dos ataques, cresce o debate sobre a fragilidade dos espaços públicos em tempos de instabilidade social e ausência de respostas preventivas eficazes.

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