A deputada republicana María Elvira Salazar, da Flórida, voltou a criticar duramente o Supremo Tribunal Federal e o governo brasileiro, desta vez em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que segundo ela está sendo alvo de perseguição política. A declaração foi feita nas redes sociais na terça-feira, 8, um dia após o ex-presidente Donald Trump se manifestar no mesmo tom, classificando a situação como uma “caça às bruxas” e pedindo que deixem Bolsonaro em paz.
Salazar não economizou palavras ao mencionar o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos contra Bolsonaro no STF. Em sua publicação, chamou o magistrado de “juiz ativista” e afirmou que ele está instrumentalizando o Judiciário para suprimir um adversário político. “Isso não é justiça. É um ataque político tirado diretamente do manual socialista”, afirmou.
A congressista destacou que os “socialistas radicais” temem a vontade popular e, por isso, recorrem a medidas judiciais para silenciar figuras conservadoras. “Em uma democracia, os líderes são escolhidos nas urnas, não removidos pela tirania judicial”, escreveu. Ao final, repetiu o apelo de Trump: “Tirem as mãos do Bolsonaro!”
Não é a primeira vez que Salazar se posiciona sobre a situação política brasileira. Em maio do ano passado, durante audiência no Congresso americano sobre liberdade de expressão, ela já havia chamado Alexandre de Moraes de “operador totalitário” e criticado Lula, referindo-se a ele como um “condenado por corrupção”. À época, sua fala foi aplaudida por parlamentares e defensores da liberdade de imprensa presentes no evento.
As manifestações públicas de figuras internacionais, como Salazar e Trump, ampliam a repercussão dos eventos políticos brasileiros fora do país e levantam questionamentos sobre a legitimidade do uso das instituições judiciais para fins políticos. Como observa O Farol Diário, a crescente preocupação com os rumos da democracia no Brasil não se restringe mais ao debate doméstico — ela já entrou no radar global.
