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Tarcísio rebate Haddad e cobra ação: “Fale menos, trabalhe mais”

Tarcísio de Freitas responsabiliza o governo Lula por inércia diante das tarifas impostas por Trump e pede menos ideologia e mais pragmatismo nas relações com os Estados Unidos.

Tarcísio cobra governo federal após tarifa dos EUA e rebate Haddad: “Fale menos, trabalhe mais”

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), respondeu nesta quarta-feira (10) às críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), cobrando atuação firme do governo federal diante da crise econômica e diplomática com os Estados Unidos. “Cabe a ele falar menos e trabalhar mais”, disparou o governador, em evento da linha Laranja do metrô de São Paulo.

A resposta veio após Haddad acusar Tarcísio de cometer um “tiro no pé” ao atribuir ao presidente Lula (PT) a responsabilidade pela sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano sobre produtos brasileiros. Segundo o ministro, a medida afeta diretamente a economia paulista e classificou a fala do governador como “vassalagem”.

Tarcísio voltou a criticar o tarifaço de Donald Trump, chamando-o de “deletério”, e reforçou a necessidade de uma negociação desideologizada com os EUA. “Temos que deixar de lado narrativas e revanchismos e estabelecer uma mesa de negociação”, afirmou. O governador defendeu a importância de proteger setores estratégicos da economia paulista, como o da aviação, mencionando contratos recentes da Embraer.

O governador também alertou que São Paulo, maior polo exportador industrial do Brasil, será fortemente atingido pelas novas tarifas. “É óbvio que isso impacta. Perdem empresas importantes, como a Embraer. O maior destino das nossas exportações industriais são os Estados Unidos”, destacou.

Tarcísio informou que já iniciou tratativas com a Embaixada dos EUA, mas deixou claro que o protagonismo agora cabe ao Planalto. “O esforço diplomático é do governo federal. Cabe a ele negociar e resolver. O momento exige pragmatismo”, disse. As declarações intensificam o atrito entre o governador e o núcleo econômico do governo Lula, escancarando divergências sobre como conduzir a política externa brasileira.

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