Um brasileiro foi preso no Aeroporto de Bali, Indonésia, no último dia 13, por transportar mais de 3 quilos de cocaína. A prisão foi confirmada pelas autoridades apenas nesta quinta-feira (24), e o caso pode resultar na aplicação da pena de morte, conforme as rígidas leis antidrogas do país asiático. A identidade e a idade do brasileiro não foram divulgadas oficialmente.
Segundo a Agência Nacional de Narcóticos da Indonésia, a droga estava escondida em dois sacos plásticos: um em sua mochila e outro em sua mala. O suspeito afirmou às autoridades que o entorpecente seria entregue a um morador da ilha. No mesmo dia, uma mulher sul-africana também foi detida no aeroporto, portando cocaína e metanfetamina escondidas nas roupas. As autoridades garantem que os dois casos não têm relação entre si.
A Indonésia é conhecida por aplicar punições extremamente duras para crimes relacionados ao tráfico internacional de drogas, inclusive a execução. Em 2015, os brasileiros Marco Archer e Rodrigo Gularte foram executados após condenações por tráfico de cocaína, mesmo diante de apelos internacionais, inclusive do governo brasileiro à época.
Atualmente, dois cidadãos brasileiros permanecem presos no país por envolvimento com entorpecentes: Manuela Vitória de Araújo Farias, detida em 2022 com 3,6 kg de cocaína, e Kauê Campos Valério, preso em maio com 41 g de maconha. De acordo com o Ministério da Imigração indonésio, mais de 90 estrangeiros aguardam julgamento no corredor da morte.
Apesar do rigor legal, há registros recentes de penas mais brandas. Também nesta quinta-feira (24), uma argentina foi condenada a sete anos de prisão, e um britânico a cinco anos e meio, ambos por tráfico de cocaína. Outros três britânicos, incluindo um casal, receberam penas de apenas um ano por tentativa de tráfico de quase 1 kg da droga.
O caso serve como alerta a viajantes e diplomatas e reacende o debate sobre a proporcionalidade das penas e os critérios adotados nas decisões judiciais do país. A equipe de O Farol Diário continuará acompanhando o desdobramento do caso do brasileiro detido, cuja vida agora depende do sistema judicial indonésio.