Efeito Milei: Argentina registra desaceleração da inflação para 20,6% ao mês

Novo presidente e políticas econômicas impactam resultados, porém, plano de Milei é retirar as "máscaras" dos governos anteriores, o que revelará ainda mais os danos deixados na economia

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística y Censos (INDEC) da Argentina, a inflação mensal de janeiro atingiu 20,6%, representando uma queda de cinco pontos percentuais em relação a dezembro, que registrou 25,5%.

Esta marca representa um recorde pós-hiperinflação da transição de 1980 a 1990, com uma inflação acumulada nos últimos 12 meses de 254,2%.

Javier Milei assumiu a presidência em dezembro e suas políticas já começam a mostrar impactos. Medidas como a desvalorização de 50% do peso no câmbio oficial e desregulamentações de setores econômicos estão em vigor desde dezembro, visando diminuir o intervencionismo e revelar a verdadeira situação econômica do país.

Embora a responsabilidade de Milei não seja diretamente atribuída aos resultados atuais, o economista-chefe da Fundação de Investigações Econômicas Latinoamericanas (Fiel), Juan Luis Bour, observa que as políticas econômicas anteriores ainda terão influência na inflação até junho.

Bour destaca que ajustes de preços relativos, como energia e transporte, ainda estão em curso, prevendo que a inflação se manterá em dois dígitos, mas abaixo de 20%, até maio e junho.

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