O Brasil registrou 170.376 casos prováveis de dengue no primeiro mês de 2025, segundo dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. O levantamento aponta ainda 38 mortes confirmadas e 201 óbitos em investigação, enquanto o coeficiente de incidência da doença no país chegou a 80,1 casos para cada 100 mil habitantes.
O estado de São Paulo lidera o número absoluto de infecções, com 100.025 casos registrados. Em seguida, aparecem Minas Gerais (18.402), Paraná (9.424) e Goiás (8.683). Quando se observa a taxa de incidência proporcional à população, o Acre lidera o ranking, com 391,9 casos por 100 mil habitantes, seguido por São Paulo (217,6), Mato Grosso (193,9) e Goiás (118,1).
A região Sudeste é a principal preocupação das autoridades de saúde, especialmente São Paulo, onde os casos dobraram em relação ao mesmo período de 2024. O secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio, alertou para o cenário preocupante no estado. “Quando mergulhamos o olhar sobre São Paulo, estamos observando, semana após semana, o dobro do número de casos de dengue quando comparamos com 2024”, afirmou à Agência Brasil. Enquanto isso, Minas Gerais apresentou uma redução drástica de 85% nos casos, caindo de 123 mil para 16 mil infecções no mesmo período.
O levantamento do Ministério da Saúde também indica que a maior parte dos infectados são mulheres (54%), e que a dengue atinge principalmente pessoas brancas (51,3%), pardas (32,4%) e negras (4,4%). Os grupos etários mais afetados estão entre 20 e 49 anos.
Diante da rápida disseminação do vírus, as autoridades reforçam a necessidade de medidas preventivas, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti e a busca por atendimento médico ao surgirem sintomas como febre alta, dores no corpo e manchas na pele. Para conter o avanço da dengue, estados e municípios estão intensificando campanhas de conscientização e ações de combate ao vetor.