Fernanda Costa (MDB), filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, foi reeleita vereadora em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O pai dela coleciona condenações por envolvimento com o Comando Vermelho, além de assassinato, tortura e corrupção.
No total, Fernanda conseguiu 7.355 votos e garantiu mais um mandato na Câmara Municipal de Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A eleição de Fernanda levanta questionamentos sobre a moralidade na política local. Condenada em 2023 a quatro anos e dez meses de prisão por repassar mensagens de seu pai a membros do Comando Vermelho, ela permanece em liberdade enquanto recorre da decisão. Apesar de sua relação direta com um dos criminosos mais notórios do país, o eleitorado de Duque de Caxias parece não se importar com o histórico familiar e pessoal da vereadora.
Outro ponto questionável é a origem dos recursos de campanha. Sem receber doações externas, Fernanda declarou que os R$ 200 mil utilizados vieram exclusivamente do fundo eleitoral do MDB, algo que também desperta críticas. Além disso, seu patrimônio modesto — apenas uma clínica de estética no valor de R$ 100 mil — contrasta com sua influência e capacidade de angariar votos em uma das regiões mais complexas do Rio de Janeiro.
A reeleição de Fernanda Costa, filha de um criminoso condenado a mais de 300 anos de prisão, evidencia a falta de critério do eleitorado e o quanto o cenário político de cidades como Duque de Caxias ainda é marcado por figuras envolvidas em escândalos e crimes.
