O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que cria a Alada, estatal brasileira destinada a projetos aeroespaciais. A empresa, vinculada ao Ministério da Defesa por meio da NAV Brasil, tem como missão explorar economicamente a infraestrutura aeroespacial e fomentar o desenvolvimento tecnológico no setor. A medida foi formalizada na Lei 15.083/2025, publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (3).
A proposta de criação da Alada foi enviada ao Congresso em outubro de 2024 pelo Governo Federal e recebeu rápida aprovação. Segundo o governo, a nova estatal busca impulsionar a inovação científica, fortalecer a segurança nacional e promover o desenvolvimento econômico e social no país.
Missão e Competências da Alada
Como subsidiária da NAV Brasil, a Alada terá papel estratégico na exploração de atividades e tecnologias aeroespaciais. Entre suas principais atribuições estão:
- Gerir a pesquisa, desenvolvimento e comercialização de tecnologias do setor;
- Atuar na proteção de propriedade intelectual;
- Desenvolver tecnologias relacionadas a satélites e controle do espaço aéreo;
- Colaborar com projetos da Aeronáutica aprovados pelo Ministério da Defesa;
- Fomentar a indústria e a infraestrutura aeroespacial nacional.
A criação da Alada é vista como um marco para a consolidação do Brasil como player relevante no setor aeroespacial global.
Próximos Passos
Para dar início às operações, a estatal poderá contratar profissionais técnicos e administrativos por tempo determinado, com contratos de até quatro anos. A cessão de servidores públicos e militares também está prevista para auxiliar na implantação inicial. No entanto, os primeiros projetos e ações ainda não foram anunciados, deixando em aberto a definição de prioridades para a nova estatal.
A Alada representa uma aposta do governo no avanço tecnológico e na soberania nacional em um setor estratégico, mas seu sucesso dependerá de uma gestão eficiente e de investimentos consistentes. O Farol Diário acompanhará de perto os desdobramentos dessa iniciativa que pode transformar o futuro do Brasil no campo aeroespacial.