Uma mensagem compartilhada pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em setembro de 2018, na qual ele parecia se opor à imposição da vacinação infantil, voltou a circular nesta terça-feira (6) e se tornou tema de debate nas redes sociais.
No post recuperado por opositores, Boulos expressava sua visão sobre a possibilidade, na época, de tornar compulsória a vacinação infantil como condição para a matrícula nas escolas. Em sua antiga conta no Twitter (hoje denominado X), ele escreveu: “Governo Temer considera tornar vacinação infantil obrigatória, ideia absurda que resultou em uma revolta popular no século passado”. Naquela ocasião, ele também era candidato à presidência.
O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi um dos que zombaram da antiga postagem de Boulos. Em um vídeo gravado ao lado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ambos afirmaram que a vacinação não será um requisito para a matrícula na rede pública do estado. “Excelente, Boulos! Já coloquei como prioridade o fim da vacinação obrigatória para crianças na reunião da oposição hoje cedo”, declarou Ferreira.
Em resposta às críticas, Boulos afirmou que o tuíte de 2018 foi “equivocado e mal redigido” e não deixou clara a distinção entre vacinação obrigatória e medidas condicionantes que vinculam a aplicação da vacina à matrícula na rede pública. Ele destacou que, na época, o país enfrentava uma redução nas taxas de cobertura vacinal infantil devido à queda nos investimentos em saúde.
“Meu posicionamento na pandemia não deixa dúvidas, e reitero mais uma vez: era e sou favorável à vacinação e sou favorável à apresentação obrigatória de carteira de vacinação nas escolas”, rebateu. “É inadmissível que bolsonaristas utilizem um posicionamento antigo, tirado de contexto, para defender projetos absurdos antivacina”, emendou.