Nos primeiros dias de 2025, autoridades migratórias colombianas barraram três tentativas de entrada de cidadãos iranianos usando identidades falsas. Os incidentes ocorreram em diferentes pontos de entrada, envolvendo grupos que declararam ter como destino Colômbia, México e até o Brasil. As ligações dessas movimentações com redes clandestinas iranianas acenderam um alerta para as operações do regime de Ali Khamenei na América Latina.
O caso mais preocupante envolve o empresário iraniano-americano Mahdi Mohammad Sadeghi, preso nos Estados Unidos por conspirar para enviar suprimentos destinados à produção de drones militares no Irã. Dias antes da prisão, Sadeghi esteve em Joinville (SC), importante polo industrial aeroespacial. A visita levanta suspeitas sobre o uso do Brasil como elo estratégico para o programa bélico iraniano.
O Irã mantém laços históricos com a Venezuela, onde instalou bases militares disfarçadas e operou a controversa rota aérea Caracas-Teerã, usada para transporte de recursos ilícitos e materiais militares. Recentemente, relatórios confirmam a cooperação ativa entre Caracas e Teerã na produção e operação de drones, com o Irã fornecendo treinamento militar a tropas venezuelanas.
Essas movimentações coincidem com o início do novo mandato de Donald Trump nos EUA e a contestada posse de Nicolás Maduro, indicando uma possível intensificação das ações militares e de inteligência iranianas para sustentar regimes aliados e potencializar ameaças assimétricas, inclusive com o uso de drones em operações terroristas.
Diante desses fatos, cresce a necessidade de o Brasil fortalecer seus órgãos de segurança para coibir o uso do território nacional em atividades clandestinas que podem desestabilizar a região e colocar em risco a segurança internacional.