O juiz federal Alderico Rocha Santos, alvo de um procedimento disciplinar por apresentar um patrimônio incompatível com seus rendimentos, foi aposentado compulsoriamente pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A decisão, tomada no dia 27 de fevereiro, teve 14 votos favoráveis ao afastamento do magistrado, seguindo o parecer da relatora, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso.
Apesar da gravidade das acusações, a reação do juiz e de sua família não demonstrou qualquer preocupação. Logo após a notícia da aposentadoria, sua esposa, Fernanda Couto, publicou uma foto em que Alderico aparece relaxado em uma rede ao ar livre. Na legenda, ironizou a situação: “Pensa na preocupação desse homem, rsrs… Só no balanço da rede curtindo a leveza da vida”.
Alderico Rocha Santos foi investigado pelo Ministério Público Federal após a descoberta de um patrimônio incompatível com seus ganhos. Entre suas posses, destacam-se duas fazendas adquiridas em 2022, avaliadas em R$ 33,5 milhões, conforme revelado pelo colunista Guilherme Amado. A origem dos recursos para essas aquisições, no entanto, segue sem explicação convincente.
A decisão do TRF-1 encerra a carreira do magistrado no serviço público, mas lhe garante os vencimentos proporcionais da aposentadoria. A imagem de tranquilidade exibida nas redes sociais sugere que, apesar do afastamento, Alderico não tem do que reclamar – um desfecho que, para muitos, reforça a impunidade de figuras do alto escalão do funcionalismo público.
