A Justiça Eleitoral determinou que Guilherme Boulos, pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL-SP, remova uma suposta versão fraudulenta de uma pesquisa eleitoral de suas redes sociais. A decisão foi em resposta a um pedido feito pelo MDB, partido do atual prefeito Ricardo Nunes, que também é pré-candidato à reeleição.
O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, ordenou que Boulos retire as postagens em até 24 horas. Caso contrário, multas diárias de R$ 10 mil podem ser aplicadas, tanto ao Boulos quanto à empresa Facebook Brasil, responsável pelo Facebook e Instagram.
Boulos divulgou uma pesquisa eleitoral do Instituto Real Time Big Data, afirmando que liderava com 34% contra qualquer bolsonarista. No entanto, segundo o MDB, esse cenário não foi pesquisado pelo instituto, sendo considerado fictício.
O advogado do MDB, Ricardo Vita Porto, argumenta que a divulgação de resultados falsos é proibida e pode induzir o eleitor ao erro. O MDB solicita uma medida liminar rápida e pede ao Ministério Público que investigue possíveis crimes cometidos pelo deputado federal.
A pesquisa encomendada pela RECORD apresenta um cenário real em um possível segundo turno entre Nunes e Boulos, com Nunes alcançando 51% e Boulos 49%, considerando uma margem de erro de 3 pontos percentuais. A pesquisa consultou 2 mil eleitores entre os dias 1º e 2 de março e está registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-033963/2024.