Kim Jong-un, ditador norte-coreano, surpreendeu ao declarar que a Coreia do Norte não buscará mais reconciliação com o Sul, instando a reescrita da Constituição para abolir a noção de um Estado compartilhado. Este passo histórico, marcado pela renúncia à unificação pacífica, ocorre em meio a crescentes tensões, com o desenvolvimento de armas pelo Norte e exercícios militares conjuntos entre o Sul e os EUA.
Especialistas sugerem que Kim pode estar buscando diminuir a influência sul-coreana em questões de segurança regional, ao mesmo tempo em que procura negociações diretas com os EUA sobre o impasse nuclear. A abolição de agências governamentais de diálogo com o Sul e a declaração deste como adversário permanente reforçam essa postura.
Além disso, Kim fortaleceu parcerias com Rússia e China para quebrar o isolamento diplomático, formando uma frente unida contra os EUA. Ele também culpou o Sul e os EUA pelo aumento das tensões, mencionando exercícios militares conjuntos e a cooperação trilateral com o Japão.
A Coreia do Norte eliminou agências cruciais para o diálogo intercoreano, indicando que as relações estão em um “confronto agudo”. Kim pediu a reescrita da Constituição, definindo o Sul como “inimigo principal” e ordenou a remoção de símbolos de reconciliação. Ele descreveu o Sul como “fantoches de primeira classe” de potências externas e expressou a impossibilidade de reconciliação, culpando os EUA e o Sul pelo aumento das tensões.
Além disso, Kim prometeu expandir seu arsenal nuclear, cortou a cooperação com o Sul e intensificou demonstrações de armamento. Há preocupações sobre um possível acordo armamentista entre Coreia do Norte e Rússia, com alegações de fornecimento de armas à Rússia para a luta na Ucrânia, segundo EUA e Coreia do Sul.