Em uma conversa telefônica realizada nesta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente francês Emmanuel Macron firmaram um compromisso para atuar conjuntamente no combate à desinformação nas redes sociais. A medida surge após a decisão da Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, de encerrar seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos. Ambos os líderes concordaram que a liberdade de expressão não pode ser usada como escudo para a disseminação de mentiras, preconceitos e discursos ofensivos.
O diálogo também incluiu a preocupação com a soberania nacional diante da proliferação de fake news, destacando a importância de proteger a democracia e os direitos fundamentais dos cidadãos. Lula elogiou a postura da França, que se mostrou “vigilante” em relação às novas diretrizes da Meta, especialmente quanto à flexibilização de restrições sobre discursos considerados discriminatórios.
Ainda durante a conversa, Lula e Macron apelaram ao presidente venezuelano Nicolás Maduro para retomar o diálogo com a oposição, visando restaurar a democracia e a estabilidade na Venezuela. A presidência francesa enfatizou a necessidade de libertar imediatamente todos os presos políticos no país, reforçando a disposição de Brasil e França em facilitar esse processo.
No Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU), sob ordem de Lula, enviou uma notificação extrajudicial à Meta questionando as recentes alterações nas políticas da empresa. A gigante das redes sociais terá 72 horas para esclarecer quais medidas adotará para impedir a circulação de conteúdos criminosos e perigosos, especialmente aqueles prejudiciais a menores de idade.
O Farol Diário seguirá acompanhando os desdobramentos dessa aliança internacional e suas implicações para a liberdade de expressão e a regulação das redes sociais.