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Lula minimiza déficit fiscal e defende Haddad em entrevista no Planalto

Presidente reforça "compromisso" com "responsabilidade fiscal" e rebate críticas ao ministro da Fazenda.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o déficit primário do Brasil em 2024 foi de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), classificando o resultado como próximo à meta de equilíbrio fiscal. Durante uma entrevista no Palácio do Planalto, Lula ressaltou sua “responsabilidade” com as contas públicas e rejeitou a necessidade de novas medidas fiscais no curto prazo.

A declaração do petista aconteceu pouco antes da divulgação oficial do rombo nas contas públicas, que somou R$ 43 bilhões, com déficit primário de R$ 11,03 bilhões, equivalente a 0,09% do PIB. Apesar da meta estabelecida para 2024 ser de déficit zero, o arcabouço fiscal permite um desvio de até 0,25% do PIB, garantindo que o governo ficasse dentro do limite estipulado.

O presidente também demonstrou descompasso com sua equipe econômica, que já sinaliza novas ações para manter o equilíbrio fiscal. Enquanto Lula descartou novas medidas, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicaram que ajustes ainda podem ser necessários. Haddad, inclusive, afirmou no fim de 2024 que o controle de gastos é um processo contínuo.

Além disso, Lula saiu em defesa de Haddad, rebatendo críticas vindas do mercado financeiro e de lideranças políticas, como Gilberto Kassab, que apontou fragilidade na condução da economia. Para o presidente, os críticos do ministro deveriam pedir desculpas por suas previsões equivocadas.

Lula também minimizou as preocupações com a trajetória fiscal ao comparar seu governo com o anterior, que registrou um déficit maior. Ele atribuiu parte do resultado de 2024 aos gastos emergenciais com as enchentes no Rio Grande do Sul e garantiu que o país apresentará um desempenho financeiro melhor nos próximos anos.

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