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Lula, Ramaphosa e Sánchez defendem reformas no sistema financeiro e compromisso com a crise climática

Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Pedro Sánchez (Espanha) afirmaram que os encontros internacionais de 2025 não podem ser apenas eventos protocolares, mas precisam gerar avanços concretos para enfrentar desafios globais. Em um artigo publicado em veículos de imprensa como O Globo, Al Jazeera e Le Grand Continent, os três líderes destacaram a urgência de fortalecer o multilateralismo e tomar medidas coordenadas contra desigualdades e mudanças climáticas.

O ano de 2025 será palco de três grandes conferências internacionais: a 4ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FfD4), em Sevilha, na Espanha; a 30ª Conferência das Partes sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, no Brasil; e a Cúpula do G20, em Joanesburgo, na África do Sul. Os líderes argumentam que esses encontros devem marcar um compromisso renovado com o desenvolvimento sustentável e a inclusão global, destacando que a atual arquitetura financeira mundial precisa ser reformada para ampliar a representatividade dos países em desenvolvimento.

Lula, Sánchez e Ramaphosa alertam para o impacto do endividamento excessivo dos países mais pobres, que enfrentam barreiras de acesso a crédito e sofrem com taxas de juros elevadas. Segundo eles, essa situação não é apenas uma falha moral, mas também representa um risco econômico para o mundo inteiro. Como solução, defendem mecanismos de alívio da dívida, financiamento mais acessível e novas formas de investimento que priorizem o desenvolvimento sustentável e a ação climática.

Na COP30, os países deverão apresentar propostas mais ambiciosas para conter o aquecimento global, com a meta de mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão anuais até 2025 para financiar iniciativas climáticas nos países em desenvolvimento. Os presidentes enfatizam que bancos multilaterais devem ter um papel mais ativo no financiamento dessas ações e que o setor privado precisa ser incentivado a investir na transição para uma economia verde.

Os líderes encerram o artigo reafirmando que a cooperação internacional será essencial para um futuro mais justo e sustentável. Segundo eles, Sevilha garantirá o financiamento do desenvolvimento, Joanesburgo reforçará o compromisso com o crescimento inclusivo e Belém consolidará esforços pela proteção ambiental. A proposta, porém, esbarra no desafio de mobilizar a “forte vontade política” necessária para transformar discursos em ações concretas.

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