O presidente Lula (PT) tomou a vacina contra a dengue no dia 5 de fevereiro deste ano em um hospital particular, antes de o imunizante ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, a campanha de vacinação do SUS teve início apenas dias depois de Lula ter sido vacinado.
A decisão de Lula de recorrer a uma rede particular para receber a vacina contrasta com a situação alarmante enfrentada pelo país.
Em 2024, mais de seis milhões de brasileiros já haviam contraído dengue, e pelo menos mil pessoas morreram devido à doença. Essa escolha levanta questões sobre a confiança do presidente no sistema público de saúde, bem como sobre a equidade no acesso aos cuidados de saúde.
O fato de Lula não ter dado publicidade à sua vacinação também suscita preocupações. Ao optar por manter sua imunização em sigilo, o presidente evitou críticas imediatas, mas ao mesmo tempo, não demonstrou transparência em um momento de crise sanitária.
A falta de divulgação pode ser vista como uma tentativa de esconder a realidade do acesso desigual aos serviços de saúde entre os cidadãos brasileiros.
Essa situação expõe uma disparidade significativa: enquanto milhões de brasileiros aguardavam ansiosamente a campanha de vacinação do SUS, o presidente tinha acesso antecipado ao imunizante por meio de uma rede particular.