O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que assumiu o governo há apenas 8 meses, continua a trilhar uma intensa agenda internacional, desembarcando mais uma vez em solo estrangeiro. No início da manhã desta segunda-feira (21), Lula chegou a Joanesburgo, África do Sul, para participar da 15ª Cúpula do Brics, um bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
A cúpula, agendada entre os dias 22 e 24, reunirá cerca de 40 chefes de Estado ou de Governo de diversas regiões, com presença já confirmada para esta que representa a primeira reunião presencial do grupo após o período de pandemia. O evento tem como objetivo discutir temas de relevância global e promover a cooperação econômica entre os membros.
Entre os líderes confirmados, estarão presentes os presidentes Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Xi Jinping (China) e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Vladimir Putin, presidente da Rússia, participará de maneira remota, destacando a adaptação da cúpula aos desafios contemporâneos.
Entretanto, a frequência das viagens internacionais do presidente Lula tem sido alvo de críticas e debates no cenário político brasileiro. A notável marca de mais de dez viagens em menos de um ano de mandato levanta questões sobre a priorização de questões nacionais em meio às responsabilidades internacionais.
A controvérsia surge principalmente em um contexto de desafios econômicos, sociais e de saúde que o Brasil ainda enfrenta. A pandemia da COVID-19 deixou um legado de desafios em várias esferas da sociedade brasileira, incluindo a economia, a saúde pública e a desigualdade. Algumas vozes críticas argumentam que a presença constante do presidente em eventos internacionais pode ser interpretada como um afastamento das questões urgentes do país.