Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, embarcou neste domingo, 9, para Roma, onde participará da 48ª Sessão do Conselho de Governança do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar de não ocupar cargo público, a primeira-dama foi nomeada representante do Brasil para o evento, conforme publicação no Diário Oficial da União no último dia 7. A viagem também inclui uma audiência com o papa Francisco no Vaticano.
Janja viaja acompanhada do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, e ambos seguirão em voo comercial. As despesas da missão oficial serão custeadas pelo governo federal, conforme o termo de “ônus”. O Fida tem como objetivo promover investimentos no setor agrícola e no desenvolvimento rural, buscando reduzir a pobreza e a fome em regiões vulneráveis.
Entre os compromissos da primeira-dama na Itália, destaca-se a participação na escolha do novo presidente da Aliança Global de Combate à Fome, iniciativa criada durante a cúpula do G20 no Rio de Janeiro. O Brasil busca assumir a liderança da aliança, reforçando sua posição em temas ligados à segurança alimentar e ao desenvolvimento sustentável.
Além da agenda na ONU, Janja terá um encontro com o papa Francisco no Vaticano. O governo Lula tem estreitado relações com o líder da Igreja Católica, especialmente em pautas sociais como combate à pobreza e justiça social. O encontro simboliza a continuidade desse diálogo em nível internacional.
Desde 3 de fevereiro, a primeira-dama passou a divulgar sua agenda oficial, após críticas da oposição e da Transparência Internacional Brasil sobre a falta de transparência em suas atividades. Apesar dessa mudança, registros anteriores seguem indisponíveis. A decisão de tornar sua agenda pública teria partido da própria Janja, e não do novo chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira.
O papel de Janja em missões oficiais, apesar da ausência de um cargo público formal, continua gerando questionamentos sobre o uso de recursos governamentais e sua participação ativa em eventos de alto nível, como a cúpula do Fida e a audiência com o papa. A viagem à Itália reforça sua atuação em pautas internacionais, mas mantém aberta a discussão sobre sua influência política dentro e fora do Brasil.