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Novo estudo relaciona “Wokeness” a maior incidência de ansiedade e depressão

Estudo finlandês sugere que alinhamento com crenças "woke" está correlacionado com menor bem-estar mental, especialmente entre mulheres e indivíduos politicamente à esquerda.

Um estudo recente publicado no Scandinavian Journal of Psychology revelou que um forte endosso a crenças associadas à justiça social crítica—conhecida coloquialmente como “wokeness”—está correlacionado com níveis mais altos de ansiedade e depressão. A pesquisa foi conduzida na Finlândia e utilizou uma nova escala para medir atitudes relacionadas à justiça social crítica, desenvolvida pelo pesquisador Oskari Lahtinen, da Universidade de Turku.

A investigação contou com mais de 5.000 participantes e revelou que a adesão a ideias críticas de justiça social é mais comum entre mulheres e indivíduos politicamente alinhados à esquerda. Já homens e pessoas de áreas acadêmicas como ciências exatas e tecnologia demonstraram menor concordância com essas crenças. Um dos achados mais surpreendentes foi a disparidade de gênero: enquanto 60% das mulheres viram as ideias “woke” positivamente, apenas 14% dos homens relataram o mesmo.

Além da distribuição demográfica, o estudo também apontou para uma associação entre maior adesão à justiça social crítica e pior bem-estar mental. Participantes que expressaram forte concordância com afirmações como “Se pessoas brancas ganham mais, isso se deve ao racismo” também relataram níveis mais altos de ansiedade e depressão, além de menor felicidade. No entanto, os pesquisadores sugerem que essa relação pode ser influenciada mais amplamente pela orientação política, já que a identificação com a esquerda mostrou-se um fator mais preditivo de menor saúde mental do que as crenças críticas de justiça social isoladamente.

Embora os dados sejam robustos no contexto finlandês, Lahtinen enfatiza a necessidade de validação da escala em outros países, especialmente nos Estados Unidos, onde essas ideias tiveram origem. A pesquisa lança luz sobre um tema que frequentemente gera debates acalorados na mídia e na política, mas que, até agora, carecia de uma avaliação empírica mais aprofundada. O Farol Diário seguirá acompanhando os desdobramentos desse estudo e suas possíveis repercussões em debates sobre política e cultura no Ocidente.

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