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ONGs receberam mais de R$ 315 milhões de ministério de Marina Silva em 2024

Além do Pantanal e da Amazônia, o dinheiro do brasileiro também está sendo queimado

O Brasil enfrenta atualmente os piores incêndios florestais dos últimos 20 anos, mas, curiosamente, as Organizações Não Governamentais (ONGs) que deveriam atuar na preservação ambiental têm se mantido em silêncio.

Uma explicação possível para essa falta de protestos pode estar nos vultosos repasses que essas entidades receberam do governo federal em 2024.

O Farol acessou o Portal da Transparência e conferiu, essas organizações foram contempladas com 17% de todos os contratos e pagamentos realizados neste ano, o que totaliza R$315,5 milhões.

Esses números revelam que as ONGs ultrapassaram em faturamento órgãos governamentais tradicionalmente responsáveis pelo monitoramento e preservação ambiental, como o Ibama, a Funai e a Embrapa, somando R$157,5 milhões. Esse montante é mais do que o dobro do valor destinado a esses órgãos, levantando questionamentos sobre as prioridades do governo na distribuição de recursos.

Enquanto isso, muitas dessas ONGs, incluindo algumas sob investigação na CPI das ONGs, parecem ter encontrado um nicho lucrativo.

A Fundação Espírito-santense de Tecnologia (ONG Fest), por exemplo, lidera a lista com R$16,5 milhões recebidos, valor superior ao destinado até mesmo à cidade de Imperatriz (MA), maior receptora de recursos públicos entre os municípios, com R$14,1 milhões.

A disparidade no repasse de recursos para ONGs e órgãos oficiais levanta preocupações sobre a eficiência no combate a crises ambientais, como os incêndios que assolam o país.

O fato de as ONGs terem recebido mais do que organismos internacionais de peso, como a ONU e a OIT, que juntas foram contempladas com R$219,4 milhões, aprofunda o debate sobre a real aplicação desse dinheiro e sua transparência.

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