As forças de segurança do Ceará consideram elucidado o assassinato do policial penal José Wendesom Rodrigues de Lima, ocorrido em Fortaleza, na última terça-feira (28). A investigação revelou que o crime estava ligado a um plano audacioso do Comando Vermelho (CV), que pretendia resgatar detentos da Unidade Prisional Professor José Jucá Neto (UP-Itaitinga 3). Como resultado das operações, quatro suspeitos foram presos e três morreram em confrontos com a polícia.
A ação criminosa envolvia integrantes da facção carioca e comparsas do Ceará e do Pará, que formaram um “consórcio” para executar o resgate. O plano previa o uso de até 20 fuzis para atacar e explodir a unidade prisional. Os criminosos já estavam sendo monitorados pela Coordenadoria de Inteligência (Coint) da Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP), que identificou movimentações suspeitas em uma pousada na Avenida Monsenhor Tabosa, onde parte do grupo estava hospedada.
Durante uma operação de vigilância no local, dois policiais penais foram surpreendidos pelos criminosos, que os confundiram com membros de uma facção rival. No confronto, José Wendesom foi alvejado e morto, enquanto o outro agente conseguiu reagir e ferir um dos suspeitos. O ataque gerou forte comoção entre as forças de segurança e a população cearense, levando a uma mobilização intensiva para capturar os responsáveis.
As forças policiais rapidamente identificaram e prenderam quatro suspeitos, incluindo James Heyller Gola Souza, conhecido como ‘Lorim Dinamite’, que dirigia o veículo usado no ataque, e Will Pessoa da Silva, apontado como um dos atiradores. Outros criminosos foram localizados em operações no bairro Moura Brasil, resultando na morte de três suspeitos, entre eles Wellison Gonçalves da Silva, o ‘Pica-Pau’, que era considerado uma das lideranças do CV no Pará.
A operação, embora bem-sucedida em neutralizar a ameaça, gerou protestos de moradores que denunciaram supostas abordagens violentas da polícia. Em resposta, a Polícia Militar afirmou ter atuado dentro da legalidade e no respeito aos direitos individuais. O caso reforça o embate contínuo entre as forças de segurança e as facções criminosas que tentam expandir sua influência no estado.