A perseguição contra cristãos atingiu níveis alarmantes em 2024, conforme revelou o mais recente relatório da organização Portas Abertas. O estudo aponta que mais de 380 milhões de cristãos enfrentaram algum tipo de violação por conta de sua fé, o maior número registrado desde o início do monitoramento em 1993. Em comparação ao ano anterior, houve um crescimento de 15 milhões de pessoas afetadas, destacando o agravamento da repressão religiosa global.
A Coreia do Norte mantém-se como o país mais hostil à fé cristã pelo terceiro ano consecutivo. O regime ditatorial de Kim Jong-un intensificou punições contra qualquer prática religiosa, com cristãos sendo executados publicamente ou enviados a campos de trabalho forçado. A repressão severa e o isolamento internacional aprofundam o sofrimento da população religiosa norte-coreana.
Na Nigéria, o cenário é ainda mais brutal. O país lidera o número de assassinatos de cristãos, com mais de 4.400 mortes em 2024, representando 69% das execuções globais. O avanço de grupos extremistas islâmicos, como Boko Haram e milícias fulani, promove uma onda de violência, resultando também na destruição de mais de 14 mil propriedades cristãs e no deslocamento forçado de milhões de pessoas.
A América Latina também apresentou sinais preocupantes. Cuba e México subiram posições no ranking de perseguição, com o regime cubano endurecendo medidas contra igrejas e líderes religiosos, enquanto no México o narcotráfico impõe severas restrições às atividades cristãs. Esse cenário alarmante evidencia o crescente desafio à liberdade religiosa em diversas partes do mundo, inclusive em países vizinhos ao Brasil.
A Portas Abertas alerta para a escalada da perseguição religiosa e reforça a necessidade de ações internacionais para proteger comunidades cristãs vulneráveis. O cenário atual demanda atenção global, especialmente de nações que valorizam a liberdade de crença e expressão.