A economia cubana, já em declínio há décadas por conta do socialismo, vive um dos seus momentos mais críticos sob a liderança de Miguel Díaz-Canel. O Farol acessou um levantamento recente do Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH), 89% da população da ilha está em situação de extrema pobreza, lutando para atender suas necessidades mais básicas, como alimentação e medicamentos.
A pesquisa, realizada entre maio e junho de 2024, expõe um panorama devastador para os habitantes de Cuba, onde a falta de recursos e de produtos essenciais afeta praticamente todos os aspectos da vida cotidiana.
Um dos dados mais alarmantes do estudo mostra que apenas 11% dos cubanos conseguem fazer três refeições diárias com regularidade. A crise de abastecimento tornou a escassez de alimentos uma constante, afetando 72% da população, que muitas vezes é obrigada a pular refeições devido à falta de dinheiro ou à ausência de produtos nas prateleiras.
A dificuldade de acesso aos alimentos é agravada por políticas econômicas fracassadas e pela dependência de um sistema centralizado que suprime o Livre Mercado.
Além da fome, a saúde também está em colapso. Cerca de um terço dos cubanos relatam não ter conseguido adquirir medicamentos essenciais, seja pelo alto custo, seja pela falta de oferta nas farmácias.
A crise de desabastecimento de remédios é uma realidade constante, comprometendo ainda mais o já precário sistema de saúde pública da ilha, que outrora foi um dos pilares de propaganda do regime socialista.
Diante desse cenário, os cubanos enfrentam uma das piores crises humanitárias de sua história recente. Com o regime de Díaz-Canel incapaz de oferecer soluções, a insatisfação popular cresce, ainda que de forma silenciosa.
O Farol Diário seguirá acompanhando de perto essa realidade em constante deterioração, enquanto o povo cubano luta por sua sobrevivência em meio ao colapso econômico e social da ilha.