O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, viajou ao Maranhão em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para prestigiar o casamento do ministro Flávio Dino, ocorrido no sábado, 30, na cidade de Raposa, próxima a São Luís. A celebração incluiu momentos de descontração, com o presidente do STF cantando “Aquarela Brasileira”, o que gerou repercussão nas redes sociais.
Barroso embarcou no avião da FAB no Rio de Janeiro, onde se encontrava no início do fim de semana, e aterrissou em São Luís após cerca de três horas de voo. A bordo estavam mais três passageiros, cujas identidades não foram reveladas. Em nota, o STF defendeu o uso da aeronave como prerrogativa dos presidentes de Poder, respaldada por recomendações de segurança e pela legislação vigente.
De acordo com o Decreto 10.267/2020, autoridades podem usar aeronaves da FAB por razões específicas, como emergências médicas, questões de segurança ou viagens a serviço. Entretanto, até o momento, não foi informado se o deslocamento de Barroso foi justificado como exigido pela norma.
O momento descontraído de Barroso no casamento, ao cantar em meio aos convidados, viralizou nas redes sociais e gerou críticas. Muitos questionaram o uso de recursos públicos para uma ocasião de natureza privada. A celebração uniu Flávio Dino e Daniela Lima, ex-assessora do ministro, e reuniu diversas personalidades políticas.
O episódio reacendeu o debate sobre a transparência e os limites do uso de bens públicos por autoridades. Embora permitido por lei, o deslocamento do presidente do STF para um evento social levanta dúvidas sobre o rigor na aplicação das justificativas previstas no decreto.
